Etiquetas
- Acentução
- Adjetivos
- Advérbios
- Amália
- Amalia Rodrigues
- Ana Moura
- Animais
- Aplicações
- Aprendendo Português
- Artigos
- Áudio
- Carlos do Carmo
- Cartas
- Casa
- Chico Buarque
- Composição
- Conectores
- Confusões
- Contos
- Corpo
- Curiosidades
- Deolinda
- Dicas
- Diferenças
- Documentais
- Dúvidas
- Exame
- Exercícios
- Expressões idiomáticas
- Fausto
- Filmes
- Formatos
- Frutos
- Gentílicos
- Gramática
- História
- Horas
- Humor
- Jogos
- Laifis
- Livros
- Lusofonia
- Marisa Monte
- Mariza
- Meses
- Morangos com Açucar
- Música
- Os Meninos
- Os Quatro e Meia
- Plásticos
- Plural
- Poesia
- Presentaçao
- Profissões
- Pronúncia
- Quim Barreiros
- Quinta do Bill
- Receitas
- Refeiçãos
- Roupa
- saúde
- Toquinho
- Tradiçãos
- Tribalistas
- Turismo
- Verbos
- Vídeos
- Vinicius
- Vitorino
- Vocabulário
- Vogais
- Zeca Afonso
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
sábado, 20 de janeiro de 2018
domingo, 14 de janeiro de 2018
Construção - Chico Buarque
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Subscrever:
Mensagens (Atom)