domingo, 24 de dezembro de 2017

Vocabulário de Natal



Mais:  Embrulhar o presente, tchim-tchim (expressão usanda em brindes), lantejoulas, ceia, consoada, aletria, rabanada, bolo de rei ...

Diferença entre tacho e panela

 Tacho (de origem obscura) é «recipiente de metal ou de barro, de forma cilíndrica, mais largo do que fundo, com tampa e asas, onde se cozinham alimentos». Ainda há a expressão «ter um bom tacho», com o significado de «desfrutar de um emprego muito bem remunerado». Por sua vez, panela (do lat[im] vulgar *pannella, dim. de panna "sertã") é «recipiente de metal ou de barro, geralmente de forma cilíndrica, mais fundo do que largo, com asas e tampa, onde se cozinham os alimentos».  Sacado de ciberdúvidas.

Receita de Rabanadas de água com vinho do Porto by necasdevaladares

Aletria (receita fácil é ràpida) HD

Lista de ingredientes
4 Ovos médios
1-2 vara canela e canela em pó
raspas de 1 limão grande
200g de pó de açúcar
200g de anjo (aletria) 75 cl de cabelo leite
40-50 g de manteiga

Equipamentos necessários :
Panela Média
1 copo medidor
1 colher de pau
1 garfo
1 quadrado liso para servir
1 Tigela

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Ana Lage e TNT no Programa do 30 Aniversario da Escola





 

Os Pauliteiros de Miranda

Os Pauliteiros de Miranda é o nome dado a grupos de homens que bailam ritmos tradicionais da Terra de Miranda, no nordeste de Portugal, Trás-os-Montes. O nome pauliteiro deriva de paulito.

Pauliteiros são os praticantes da dança guerreira característica das Terras de Miranda, chamada de dança dos paus, representativa de momentos históricos locais acompanhada com os sons da gaita-de-foles, caixa e bombo e tem ainda a particularidade de ser dançada por oito homens (mais recentemente também dançada por mulheres) que vestem saia bordada e camisa de linho , um colete de pardo, botas de cabedal, meias de lã e chapéu que pode estar enfeitado com flores e finalmente por dois paus (palos) com os quais estes dançadores fazem uma série de diferentes passos e movimentos coordenados.

O reportório musical da dança dos paus chama-se lhaços, e é constituído pela música, texto e coreografia.

Chamam-se pauliteiros pois utilizam paus para tocar com danças

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Portugal, Um retrato Social - Nós e os outros

Natal dos Simples




Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

domingo, 17 de dezembro de 2017

Exercício de Expressão escrita: Imigração


Escreva uma carta (150 a 180 palavras) ao Director dum  jornal Público em que explique a sua posição contría á entrada de imigrantes no país, baseada nos seguintes pontos:

. Problemas económicos,  sociais e culturais que causam

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Formato cartas


Óculos de sol - Natércia Barreto



Já arranjei muito bem
Tudo quanto convém
P'ra praia levar
O pente, o espelho, o baton
E o creme muito bom
P'ra me bronzear
Tenho o meu rádio portátil
E o bikini encarnado
Também está no meu rol
E como é bom de ver
Não podia esquecer
Os meus óculos de sol

Refrão:
Que levo p'ra chorar uuuuhuh
Sem ninguém ver
P'ra não dar uuuuhuh
A perceber
P'ra ocultar uuuuhuh
O meu sofrer
Pois eu sei que te hei-de encontrar
Talvez deitado à beira-mar
Com outra lado
E eu vou passar
A tarde a chorar

Já pensei não sair
Mas aonde é que eu hei-de ir
Com este calor?
O que é que eu hei-de fazer
P'ra não ter que te ver
Com o teu novo amor?
Ver-te-ei com certeza
Mas eu peço à tristeza
Um pouco de controle
E pelo sim pelo não
Eu vou ter sempre à mão os meus óculos de sol

Vou chorar
Uuuuh uh
Vou sofrer
Uuuuh uh
Vou chorar
Uuuuh uh

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Fausto - "Uns vão bem e outros mal" do disco "Madrugada dos Trapeiros" (...

Senhoras e meus senhores, façam roda por favor
Senhoras e meus senhores, façam roda por favor, cada um com o seu par
Aqui não há desamores, se é tudo trabalhador o baile vai começar.
Senhoras e meus senhores, batam certos os pézinhos, como bate este tambor
Não queremos cá opressores, se estivermos bem juntinhos, vai-se embora o mandador
Vai-se embora o mandador

(refrão)
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição

De velhas casas vazias, palácios abandonados, os pobres fizeram lares
Mas agora todos os dias, os polícias bem armados desocupam os andares
Para que servem essas casas, a não ser para o senhorio viver da especulação
Quem governa faz tábua rasa, mas lamenta com fastio a crise da habitação

E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal

(refrão)
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição

Tanta gente sem trabalho, não tem pão nem tem sardinha e nem tem onde morar
Do frio faz agasalho, que a gente está tão magrinha da fome que anda a rapar
O governo dá solução, manda os pobres emigrar, e os emigrantes que regressaram
Mas com tanto desemprego, os ricos podem voltar porque nunca trabalharam

E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal

(refrão)
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição

E como pode outro alguém, tendo interesses tão diferentes, governar trabalhadores
Se aquele que vive bem, vivendo dos seus serventes, tem diferentes valores
Não nos venham com cantigas, não cantamos para esquecer, nós cantamos para lembrar
Que só muda esta vida, quando tiver o poder o que vive a trabalhar

Segura bem o teu par, que o baile vai terminar

(refrão)
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição

Os Quatro e Meia - Pontos nos Is (Audio)



Hoje é o dia certo p’ra avançar.
P’ra colocar os pontos nos “I”s!
E se a sina não me atraiçoar,
Talvez vá ser feliz! [2x]

Hoje é o dia de me aventurar,
De arriscar fazer o que não fiz!
Se o receio não me atrapalhar,
Talvez vá ser feliz! [4x]

Hoje é o dia de me aproximar!
De encará-la e ver o que ela diz!
E se a sorte me acompanhar,
Talvez vá ser feliz! [2x]

Hoje é o dia de a agarrar,
P’ra ficar com quem eu sempre quis.
E se a voz nervosa não falhar,
Talvez vá ser feliz! [4x]

Hoje eu estou aqui para ficar,
Firme como a planta p’la raíz.
Se o meu amor ela aceitar,
Vou fazê-la feliz! [4x]
Feliz! 

Vitorino - Vou-me embora vou partir


Vou-me embora, vou partir mas tenho esperança
de correr o mundo inteiro, quero ir
quero ver e conhecer rosa branca
e a vida do marinheiro sem dormir

E a vida do marinheiro branca flor
que anda lutando no mar com talento
adeus adeus minha mãe, meu amor
eu hei-de ir hei-de voltar com o tempo

domingo, 26 de novembro de 2017

sábado, 11 de novembro de 2017

Quinta do Bill - Filhos da Nação

Aqui estás tu, jovem atento
Acordado neste fim do século
À espera de um lugar
Difícil de encontrar
No "canudo" vive a esperança
Atrás das luzes em vertigem
Ao medo da noite recente
Que tens de conquistar
Que tens de conquistar

Ai! Estes são os Filhos da nação
Adultos para SEMPRE
Ansiosos por saber
Se a cruz é a salvação

Depois acenas, sem nada p'ra temer
Velho cúmplice da decisão
Preso a uma ordem
Que não podes quebrar
Ouves fascinado, o ofício da vitória
A fobia de um monólogo
Que insistes em partilhar
Mas não entendes porquê
Mas não entendes porquê

Ai! Estes são os Filhos da nação
Adultos para vencer
Ansiosos por saber
Se a cruz é a salvação

AMALIA RODRIGUES -"Povo Que Lavas No Rio"

Mariza - O Tempo Nao Para

MARIZA: O TEMPO NÃO PARA
Eu sei
Que a vida tem pre____a
Que tudo aconte____a
Sem que a gente pe___a
Eu sei
Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coi__a rara
E a __ente só repara
Quando ele já pa___ou
Não sei se andei depre___a demais
Mas sei, que algum sorri___o eu perdi
Vou pedir ao tempo que me d__ mais tempo
Para olhar para ti
De ag__ra em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Cantei
Cantei a saudad_
Da minha cidad_
E até com vaidad_
Cantei
Andei pelo mundo f__ra
E não via a h___ra
De voltar p'ra ti
Não sei se andei depre___a demais
Mas sei, que algum sorri__o eu perdi
Vou pedir ao tempo que me d__ mais tempo
Para olhar para ti
De ag__ra em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui

O HOMEM DAS CASTANHAS

Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do__________,à esquina do ___________,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um ___________.

É um ________________ pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o ____________.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma ______________que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da _____________.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a ______________..

Quem quer _______________ e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer _______________ e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.


Quem quer _______________ e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer _______________ e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.


A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na _______________ o dia inteiro.
É como se empurrasse o _____________ diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu__________?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.

Quem quer ___________ e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer ___________ e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.

Programa Nós - Castanhas


A castanha constitui uma verdadeira _______________ dos portugueses
Os castanheiros quanto mais velhos________________
A castanha tem uma fonte de ___________ muito grande
No norte há maior concentração de ______________________
Quando notamos o cheirinho das castanhas chegou a época _____________
A castanha é um alimento que nos _________________  e _____________ as mãos
A castanha tem que ser _____________ na ______________, depois prepara-se bem o__________, depois ________________ a _____________ e mete-se__________, fica__________, gostosinha e ______________
As castanhas assadas em fogareiro recebem o nome de __________________
A castanha portuguesa é a _____________ do mundo!

Jeropiga de São Martinho em Famalicão da Serra


A jeropiga recebe também o nome de___________
A aguardente pode ser forte ou___________
A jeropiga estraga quando___________
A jeropiga fica no ponto quando é feita à ____________
A aguardende dos alambiques clandestinos sai ___________
O cântaro tem ____________ de capacidade
Quem se habitua a ser malandro é malandro ______________
Fazer batota significa____________________
A aguardente ____________ é vendida em farmácia
Quem anda a ____________ não pode abusar da jeropiga
Noutros lugares os magustos são regados com_______________

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Fogo, incêndio e lume

Ver artigo orixinal (Lusopatía). Três conceitos:

Fogo: é a manifestação da combustão, seja ela por causas naturais ou humanas. Usamos esta expressão normalmente no singular. Quando usada no plural, tem a ver com jogos de artifício: foste ver os fogos do 25 de julho?
Em Portugal, no singular, é também uma interjeição de surpresa ou indignação: 3 euros por um café? fogo!
Outra dica mais para quem quiser aprender fonética do português: é também dessas palavras como olho/olhos. Com O fechado no singular e O aberto no plural.
Palavras da família: fogueira, fogão, foguete…
Verbos para fogo: atear, lançar, cessar, ativar, avivar…

 Incêndio: é um fogo fora do nosso controlo, um fogo que devora. Uma catástrofe natural em muitos dos casos. É um substantivo contável, isto é: podemos dizer Um incêndio, Dois incêndios, Três…por isso tem também plural. Esta contagem conhecemo-la bem de um e outro lado do Minho.

 Lume: é um fogo doméstico, controlado, para uma utilidade. O lume da lareira, por exemplo, que dá calorinho e luz.

Umas expressões:
dar a lume, que significa “publicar”. Terá a ver com dar à luz no sentido de parir? claro que tem!
lume brando: cozinhar os alimentos pouco a pouco, com um calor de baixa intensidade.
Palavras da família: luminária, vaga-lume…

Verbos para lume: acender, apagar…

Provérbios: Não há fogo sem lume. Se as duas palavras aparecem num ditado popular, será então que não são sinónimas totais, não acham? O ditado fala de algo que começa governado e termina por se desgovernar…

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

domingo, 26 de março de 2017

A velha e o Dj

 Dj
A velha e o Dj
Deolinda – (Outras histórias, 2016)


Ai eu não sei não sei
Mas acho que andam enrolados na batida
Ela enche-lhe o copo
Ele mexe-lhe o corpo
E pouco a pouco ela já domina a pista
E as miúdas, as miúdas com inveja
Dizem que a velha é maluca
É a maluca da velha
Mas ela dança e desanca as miúdas
Que naquele corte e costura
Mais parecem elas velhas
A velha e o Dj
Ai eu não sei não sei
Mas acho que andam enrolados na batida
Ela enche-lhe o copo
Ele mexe-lhe o corpo
E pouco a pouco ela já domina a pista
E as miúdas, as miúdas descaradas
Riem a imitar a velha
A dançar desengonçadas
E mais ri ela com uma buzinadela
Quando ele abraçado a ela
Se põe na motorizada
E a mota custa muito a pegar!
E a mota custa muito a pegar!
E o fumo faz todas tossir!
A velha e o Dj
Ai eu não sei não sei
Mas acho que andam enrolados na batida
Ela enche-lhe o copo
Ele mexe-lhe o corpo
E pouco a pouco ela já domina a pista
E a mota custa muito a pegar!
E o fumo faz todas tossir!



Línguas do mundo


O Sal da Terra - Sebastiao Salgado

quinta-feira, 2 de março de 2017

Os Meninos

"Os meninos” é umha banda galega que olha para Portugal e que nasce em Vigo, em setembro de 2015.

Está integrada por três apaixonados da música, Madalena Gamallo (voz), Roberto Marqués (guitarra) e Iván Barreiro (guitarra) que um dia se juntaram com a ideia de interpretar as músicas mais atuais do pais vizinho. Deolinda, Oquestrada, Ana Moura ou António Zambujo som algumhas das suas destacadas influências.

O projeto que estam a desenvolver na atualidade é a criaçom de cançons próprias em português, harmonizadas com traços de fado, reggae, rumba e jazz, entre outros.  Nova sacada da "Gentalha do Pichel"   -  Escoita "Parece Mentira"  - "Sou Feliz"   -  Mais (Votar , Facebook ...)


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Kely key - Adoleta (letra)

Era Uma Vez (Once Upon A Time) - Sandy & Toquinho / Letra [Lyrics]

Aquarela - Toquinho

Os tribalistas - Velha Infancia

Os tribalistas - Velha Infancia

Tribalistas - Já sei Namorar

tribalistas - velha infancia

Conquistador

Cinderela

Carlos do Carmo Lisboa menina e moça

Amália Rodrigues Lisboa Não Sejas Francesa

Amália Rodrigues - Fado Português

Grândola, Vila Morena (25 de Abril)

Ser livre (Subtitulado)

Roberto Carlos - Lady Laura

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Pebolim

Arigo copiado de destilariadabola

Alejandro Campos Ramirez (1919-2007), um jovem galego oriundo de um vilarejo chamado Finisterre – do latin, “o fim da terra” – deambula pelas ruas da cidade e pressente que seus desejos talvez estejam a ponto de serem cumpridos. Alguma vez sonhou em ser um grande arquiteto, mas apenas trabalhou de pedreiro. E acontece que sua verdadeira vocação foi a poesia. Conseguiu um emprego que o fazia feliz e de alguma maneira o aproximava desse universo boêmio dos artistas que admirava: aprendiz na imprensa. Se considerava um idealista prático, um anarquista pacífico que aspira viver, algum dia, em um mundo em que os homens não precisem mais serem governados por nenhuma autoridade. Nesse cobertor  de sonhos aquecia-se às vésperas do estalar da Guerra Civil Espanhola.

Uma bomba caiu sobre a casa em que vivia e ficou preso debaixo dos escombros. Gravemente ferido, foi levado a um hospital, de onde saiu coxo e com problemas respiratórios, durante um longo tempo. Ali foram chegando refugiados de guerra, mulheres e muitas crianças mutiladas – que fizeram elevar sua sensibilidade de poeta. Anos mais tarde, em 2004, contou a um jornalista do diário La Vanguardia de Barcelona o episódio de sua vida pelo qual hoje é recordado.
“Era o ano de 1937. Eu gostava de futebol, mas já estava coxo e não podia jogar. E sobretudo me doía ver aqueles meninos também coxos, tão tristes porque não podiam jogar bola com os outros. E pensei: se existe tênis de mesa, também pode haver futebol de mesa! Consegui umas barras de aço e um carpinteiro basco, refugiado ali, Javier Altuna, me construiu bonecos de madeira. A caixa da mesa foi feita com madeira de pinheiro, creio, e a bola com cortiça aglomerada de boa qualidade. Isso permitia o controle da bola, dominá-la, passar com efeitos, e assim por diante”.
Com todo acerto, o jornalista catalão Victor Amela observou que “inventar um jogo que consiga neutralizar por um momento a ignomínia da guerra é como compor um poema com espaço e tempo”.
Não foi o futbolín – assim se chama o pebolim na Espanha – a única invenção sensível do poeta: em uma ocasião, apaixonado por uma pianista, inventou pra ela um artefato que permitia passar as pentagramas das partituras pressionando um pedal.
Quando acabou a guerra, fugindo do Franquismo Alejandro acaba exilado na França. Mais tarde sofreu quatro anos de cativeiro no Marrocos e uma vez liberado empreendeu sua aventura americana, cruzando o Atlântico. No Equador fundou a revista de Poesia Universal. Viveu um tempo na Guatemala, onde aperfeiçoou seu pebolim e trucou a rodada com um basquete de mesa – esse último sem grande sucesso. No México participou da intensa atividade intelectual da capital federal daquele país, e se encontrou com seu referente, o poeta espanhol León Felipe. Voltou para a Espanha nos anos 80 já como um consagrado editor e passou a chamar-se Alejandro Finisterre, fim da terra, princípio de sua vida.
Sempre foi reconhecido com a importância de ter inventado o mundialmente difundido jogo de pebolim: com tantos nomes ao redor do mundo. Metegol na Argentina, Futbolín na Espanha, Pebolim em São Paulo, Totó no Rio de Janeiro, e por aí vai… “Se eu não tivesse inventado, outra pessoa teria”, comentou Finisterre. Considerava – como Jean Cocteau – que “a poesia sempre é necessária, não sei para quê, mas é necessária”.
Morreu em 2007, quando as crianças do mundo já haviam substituído seu invento pelos vídeo games. E o poeta celebrou isto: “eu acredito no progresso, existe um impulso humano no caminho da felicidade, da paz, da justiça e do amor. Esse mundo um dia chegará”.
A nós, que juntos a tantas outras gerações fomos beneficiários diretos desse esplêndido invento, fruto da imaginação e da sensibilidade daquele poeta, deveríamos prometer em sua homenagem cada vez que joguemos, respeitar e fazer respeitar para sempre aquela regra – que é uma regra mundial de obrigação moral de todo e qualquer jogador – de que não vale ficar girando – apelando – a linha de jogadores.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Expressões Idiomáticas correntes no Brasil

Uma expressão idiomática ocorre quando um termo ou frase assume significado diferente daquele que as palavras teriam isoladamente.

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sábado, 21 de janeiro de 2017

MINHA SOGRA -Quim Barreiros

REFRÃO)
Mais que droga
Mais que droga
Casar sem dinheiro
e viver junto com a sogra

Eu estava apavorado
danado em desespero
tive que casar forçado
na pendura e sem dinheiro
depois do casamento
a minha vida é uma droga
sem ter casa pra morar
fui viver junto com a sogra
toda farra que eu fazia
tiveram todas um fim
minha sogra desgraçada
pôs o pé em cima de mim
um dia cheguei a casa
vejam só que confusão
já era de madrugada
e a velha veio ao portão
chamou-me todos os nomes
e com a vassoura na mão
na hora mandou-me embora
e eu fiquei do lado de fora
a chorar junto ao portão

Lenine Meu Amanhã


Ela é minha delicia
O meu adorno
Janela de retorno
Uma viagem sideral

Ela é minha festa
Meu requinte
A única ouvinte
Da minha radio nacional

Ela é minha sina
O meu cinema
A tela da minha cena
A cerca do meu quintal

Minha meta, minha metade
Minha seta, minha saudade
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã....2x

Ela é minha orgia
Meu quitute
Insaciável apetite
Numa ceia de natal

Ela é minha bela
Meu brinquedo
Minha certeza, meu medo
É meu céu e meu mal

Ela é o meu vício
E dependência
Incansável paciência
E o desfecho final

Minha meta, minha metade
Minha seta, minha saudade
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã....2x

Meu fá, minha fã
A massa e a maçã
Minha diva, meu divã
Minha manha, meu amanhã
Meu lá, minha lã
Minha paga, minha pagã
Meu velar, meu avelã
Amor em Roma, aroma de romã

O sal e o são
O que é certo, o que é sertão
Meu Tao, e meu tão...
Nau de Nassau, minha nação.

Peppa Pig novo episódio Acampamento de férias

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Deolinda - Corzinha De Verão (áudio)


Por que é que o sol nunca brilha quando fico de férias
Aos fins de semana ou nos meus dias de folga?
Eu passo os dias a ver gente em fato de banho
Calções e havaiana e eu sempre de camisola

E eu andei o ano inteiro, a juntar o meu dinheiro
Para esta desilusão
Dava todo o meu ouro por um pouco do teu bronze
Uma corzinha de verão
Vento, eu na praia a levar com vento
A rogar pragas e a culpar são pedro
Que mal fiz eu ao céu?
E tento, juro que tento imaginar bom tempo
Espalho o protetor solar e estendo o corpo no museu
Por que é que tudo conspira contra a minha vontade?
Sim, sim é verdade, não estou a ser pessimista
É que a vizinha da cave é sempre a mais bronzeada
Traz um sorriso na cara e não sabe quem foi kandinsky
E eu andei o ano inteiro, a juntar o meu dinheiro
Para esta desilusão
Dava todo o meu ouro por um pouco do teu bronze
Uma corzinha de verão
Vento, eu na praia a levar com vento
A rogar pragas e a culpar são pedro
Que mal fiz eu ao céu?
E tento, juro que tento imaginar bom tempo
Espalho o protetor solar e estendo o corpo no museu
E tento, juro que tento imaginar bom tempo
Espalho o protetor solar e estendo o corpo no museu
O corpo no museu


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A história da Galiza em 50 datas

A comissom de história da Gentalha Do Pichel quer disponibilizar em diferentes formatos o seu trabalho recentemente publicado das "50 datas da História da Galiza".
Introduçom 
Oferecemos-vos um resumo dumha parte da história do território onde se assenta o nosso país. É bem certo que só compreende os dous mil anos da nossa era, que é o período em que podemos precisar os factos históricos concretos, e deixamos fora épocas em que a Galiza se desenvolve relacionando-se com o espaço geográfico e cultural a que pertence, a Europa Atlántica, pois após a conquista romana passa a ser a periferia dum centro mediterránico, até que desaparece esse poder na Alta Idade Média, e recupera o seu ámbito de relacionamento. A selecçom de datas nom foi só feita atendendo à sua importáncia intrínseca, como também ao desconhecimento ou ocultaçom, mesmo falsificaçom de factos, situaçons e processos decisivos na história do nosso país. Ao pé de pessoas e acontecimentos bem conhecidos pola imensa maioria do nosso povo, aparecem outros que semelham anedóticos ou menores, mas que consideramos significativos dessa história ocultada ou negada e da projecçom internacional da nossa naçom na história. As pessoas que só conhecem a versom da historiografia oficial espanhola com os seus mitos, mistificaçons e descaradas falsificaçons, acharám em falta umha lendária batalha de Covadonga e um suposto Reino das Astúrias que mutaria num igualmente suposto Reino de Leom, ambos criaçom no nacionalismo espanhol no século XIX, empregando processos tam grosseiros como traduzir os nomes das crónicas mussulmanas Djalikiyah, Yalalika e formas parecidas, e também a Gallaecia das cristás, por Reino de Leom. Desprezamos, portanto, relatos históricos anacrónicos sobre o nosso país, que se cingem à extensom da Galiza administrativa actual e que som inúteis para explicar o nosso passado. O território onde se desenvolveu a organizaçom política nucleada à volta da Galiza foi variando ao longo dos séculos, reduzindo-se. Mas isso nom escusa que a actual potência hegemónica a nível Ibérico apague o passado e o reescreva, na tentativa de legitimar o presente. Também descartamos conceitos falsos como reconquista ou repovoaçom. O primeiro, baseado numha ideologia que constrói umha suposta continuidade entre a breve fase de integridade ibérica do Reino Visigodo e a aspiraçom de Castela-Espanha de conquistar toda a península. Continuidade que se sustentaria na pretensa origem nobre e cortesá do primeiro rei na Gallaecia após a desfeita do Reino Visigodo, Paio. E o segundo, baseado no alegado despovoamento das zonas nom dependentes inicialmente do Reino Cristao do noroeste. Do mesmo jeito, o rei galego Afonso VIII é para a historiografia espanholista Afonso IX, como tivemos ocasiom de ver recentemente, no 800 aniversário da carta de reguengo que este rei outorgou à Corunha em 1208. Estamos conscientes de que a sucessom de datas, reis, batalhas, e factos assinalados nom facilitam ver os demorados processos de que som causa e, sobretodo, conseqüência. Nom podemos reflectir aqui, para além de todo o que aconteceu antes da nossa era, que foi muito e mais importante do que costumamos julgar, mudanças tais como a introduçom dos cultivos mediterránicos na Galiza que, se atendermos ao Códice Calixtino, no século XII ainda era escassa no País. Muito mais rápida foi a mudança na alimentaçom que produziu o milho e a pataca ao pouco da sua chegada da América. Mas a introduçom destes alimentos nom impediu um processo migratório constante que já começou no século XVI, em direçom a Castela e a Portugal. Intensificou-se no XVIII e alcançou caráter maciço no século XIX. Ainda a inícios desse século, a Galiza tinha mais populaçom do que toda Castela. Até os 6% atuais dentro do Estado espanhol, a sangria populacional nom precisa de mais comentários. Insistimos na sobrevivência do monte comunal, desaparecido doutras naçons europeias fundadas por povos germánicos, onde foi usurpado nos alvores da Idade Moderna, com o processo de cercamento de terras que acompanhou a etapa de acumulaçom original capitalista. Acabamos o percurso no fim do século passado, pois certamente nom temos ainda perspetiva para avaliar estes cinco lustros como os 2000 anos anteriores.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

História do Brasil


As Bruxas

Artigo sacado do laifi de Janaína Senekovic  sobre os "Métodos de tortura "

"Não se sabe a exata origem das Bruxas. Constam relatos de que elas existam desde os primórdios da humanidade. Há duas teorias para a existência de tais seres: 

Durante a Idade Média toda e qualquer mulher que conseguia poder, passava gradativamente a ser considerada bruxa. Bruxa em sânscrito significa "mulher sábia". As bruxas eram denominadas sábias, até a Igreja lhes atribuir o significado secundário de mulheres dominadas por instintos inferiores. 

Dessa forma, as experiências visionárias, rituais de caça e cerimônias de cura sempre estiveram presentes nos símbolos e metáforas de cada cultura. Na Grã-Bretanha as sacerdotisas druidas estavam divididas em três classes. As que viviam em conventos num regime de celibato eram as da classe mais alta. As outras duas classes, que eram das sacerdotisas, podiam se casar e viver nos templos ou com os maridos e família. Com a era do cristianismo, foram denominadas “Bruxas” e perseguidas por muito tempo. 

As práticas de bruxaria envolvem rituais simbólicos desde os tempos neolíticos. A primeira demonstração da arte de devoção foi encontrada em cavernas do período neolítico, onde havia ilustrações dos rituais de adoração às deusas da fertilidade dos povos primitivos. 

Sem mito algum, as bruxas eram apenas mulheres que conheciam e entendiam do emprego de ervas medicinais para cura de enfermidades, e colocavam em prática seus conhecimentos nos vilarejos onde habitavam. 

Com a chegada do Cristianismo, começando a imperar a era patriarcal, as mulheres foram colocadas em segundo plano e tidas como objetos de pecado utilizados pelo diabo. 
Muitas mulheres não aceitaram essa identificação e rebelaram-se. Essas, dotadas de poder espiritual, começaram a obter novamente o prestígio que haviam perdido o que passou a incomodar o poder religioso. Assim acusar uma mulher de bruxaria ficou fácil, bastava uma mulher casada perder a hora de acordar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio. 

Durante o século X e XII as bruxas ressurgiram, nesse período realizaram vários processos contra elas, promovidos pelo poder civil. No entanto, tal questão veio assumir um aspecto dramático a partir do século XIV, momento em que a Igreja Católica implantou os tribunais da Inquisição com o intuito de reprimir, tanto a disseminação das seitas heréticas como a prática de magia e outros comportamentos considerados pecaminosos. Nesse período, o fenômeno se caracterizou como manifestação coletiva, de profunda repercussão no direito penal, na vida religiosa, na literatura e nas artes. Dessa forma, para que a repressão fosse eficaz, os tribunais de Inquisição se proliferaram, e os processos aumentaram rapidamente. 

A maioria das acusações se referia a malefícios contra a vida, a propriedade e a saúde. Também constavam denúncias de pactos com o diabo. Segundo as denúncias, as bruxas montadas em vassouras voavam pelos ares e se reuniam em lugares inabitados para celebrar a satanás e entregar-se a orgias. O iluminismo do fim do século XVII e do século XVIII, que era caracterizado pelo espírito científico e pelo racionalismo, contribuiu para o fim desse processo e para que não mais se admitisse perseguição judiciária em casos de superstições populares. 

Segundo os teóricos do assunto, a epidemia de bruxas ocorreu nos séculos XVI e XVII, no norte da França, no sul e oeste da Alemanha e em especial na Inglaterra e na Escócia, a perseguição às bruxas foi metódica e violenta. Os colonizadores ingleses levaram esse procedimento para a América do Norte, onde, em 1692, ocorreu o famoso processo contra as bruxas de Salém, em Massachusetts. Normalmente, acusavam-se as bruxas velhas, e com menor freqüência as jovens."